Troféu Corvette SCP – 6P

“Os Corvettes tem mais encanto na hora da despedida…”

No Slot Clube do Porto realizou-se mais uma animada prova do troféu Corvette 6CR. O ambiente demonstrava que não se tratava de apenas mais uma prova, mas sim da última prova deste fantástico e competitivo troféu. Os participantes demonstravam alguma tensão e uma enorme vontade de deixar a sua marca nesta competição e ficar assim na história do SCP.

A noite começou bem cedo e as caras conhecidas começaram a surgir, equipadas para mais um duelo e prontas a “sacar” dos Cobra, dos NSR, Engage, etc… Os olhares Clint Eastwood, criavam um ambiente ao estilo do faroeste, o que fazia adivinhar uma intensa competição e levantava a questão: “Quem será o rei do gatilho?”.

Para comemorar a despedida deste memorável troféu, realizaram-se outras atividades, nomeadamente um concurso de decoração e design dos Corvette presentes em prova, assim como uma pequena exposição de vários modelos que fazem parte da história deste carismático desportivo criado pela Chevrolet em 1953, o Corvette. O asfalto, as máquinas, o cheiro a gasolina, vestígios de borracha na pista e até algumas “Pit Babes” estavam presentes. A paixão pela velocidade e por estas máquinas que fazem parte da história da competição automóvel, fez todos os presentes aproximarem-se e partilharem histórias e conhecimentos que fazem deste modelo um mito.

O Concurso Decoração e Design permitiu a todos escolher as “3 decorações mais interessantes”, tendo como base a “originalidade, estética aplicada a um modelo de competição ou a execução técnica da decoração.” Todos os presentes tiveram a oportunidade de observar mais de perto todas as máquinas, mas sob a atenta vigilância de Adérito Varejão, que zela minuciosamente pelo parque fechado e pela segurança dos corvettes, para que nada ponha em causa mais uma competição no circuito que tem o seu nome.

A noite ameaçava ser longa e a imediata presença dos pilotos era anunciada, para se dar início à 6ª e última prova do Troféu Corvette. Rapidamente os pilotos ocuparam os seus lugares e com as DS engatadas, rapidamente se ouviram os primeiros “gatilhares”, apenas esperavam por uma expressão ao estilo “Gentlemen, start your engines!”. Antes da partida foram anunciados os vencedores do “Concurso Decoração & Design”, tendo Rui Queirós sido o vencedor, seguido de Luís Faria e Jorge Lima.

A tensão crescia e após um sonoro e audível “Piiiiiii” a 1º manga teve início, o som das máquinas ecoou por todas as instalações do Slot Clube do Porto, os Corvettes de António Claro (calha 4), Miguel Silva (2), Tozé Sousa (7), Manuel Loureiro (1), Fernando Vieira (5), António Pina (6), Mário Silva (8) e Tozé Oliveira (3) percorreram a pista em busca da vitória. José Guilherme e Zé Eduardo observavam atentamente a competição enquanto esperavam ansiosamente pelas suas calhas.

O resultado final e para a história desta manga fica a vitória de Miguel Silva com 250 voltas, o segundo lugar de António Claro (248 voltas) e o terceiro de António Pina (245 voltas). Entre os três primeiros a volta mais rápida pertenceu a António Pina com o tempo de 9,081 segundos, realizada na calha 6.

A 2ª manga contou com a participação de Luís Faria (calha 6), Luís Teixeira (8), António Dias (2), Jorge Martins (4), Jorge Lima (7), Luís Filipe Silva (1), Filipe Morais (3) e Adérito Varejão (5). Na segunda manga calhou a Rui Queirós esperar por uma calha.

No final de 251 voltas, Jorge Martins foi o primeiro a ver a bandeira de xadrez seguido de Jorge Lima (249 voltas) e António Dias (248 voltas). A volta “Ayrton Senna”, ou seja, a volta mais rápida entre os três primeiros, foi conseguida por Jorge Martins que demorou 8,948 segundos a percorrer a calha 4.

A 3ª e última manga contou com a presença de Manuela Varejão (calha 8), que não se deixou intimidar pela forte concorrência masculina e demonstrou ao estilo épico da “Guerra das Estrelas” que o seu sabre de luz, ou melhor dizendo o seu punho, estava bem afinado. A concorrência masculina era forte e nem a presença feminina atenuou o desejo de vitória de Márcio Teixeira (calha 6), Lino Marão (4), Luís Alcino (7), Armando Magalhães (2), Jaime Campos (1), Bruno Gomes (5) e Miguel Vigôço (3). O ambiente não era dado a “cavalheirismos”, nem Manuela Varejão o esperava, com o punho a fundo, todos os participantes arrancaram, enquanto Pedro Santos esperava pela sua entrada e observava a forte competição que iria enfrentar.

No final apenas um podia vencer e Márcio Teixeira foi o primeiro a cruzar a linha de meta com 264 voltas, seguido de Lino Marão (256 voltas) e Luís Alcino (256 voltas). A manga mais competitiva, apenas 4 metros separaram os dois últimos lugares do pódio, o que promete tirar o sono a Luís Alcino, que garante ir analisar a telemetria ao mais ínfimo pormenor, no seu pequeno, mas potente PC. A volta mais rápida entre os ocupantes do pódio, pertence a Márcio Teixeira que com 8,681 segundos conquistou a calha 7.

O vencedor à geral sem grandes surpresas, foi aquele que segundo algumas informações já demonstrava um dedo irrequieto na primeira ecografia, há quem diga que o médico não cortou o cordão umbilical, mas sim desligou uma ficha DS e há mesmo quem afirme (Luís Teixeira) que a primeira palavra foi “Slot”, como já todos adivinharam foi Márcio Teixeira. O segundo lugar foi ocupado por Lino Marão, seguido

de Luís Alcino, Armando Magalhães, Jorge Martins, Miguel Silva, Jorge Lima, António Dias, Bruno Gomes e Pedro Santos que encerra assim o “Top Ten”. Manuela Varejão, a única presença feminina em prova, conquistou o 14º lugar da geral, superando Adérito Varejão que ficou em 16º, demonstrando ser mais um caso em que o discípulo supera o mestre e que como em muitas áreas da vida, também no slot não existe um “sexo fraco”.

As portas do CCOP fecharam-se por volta das 4h00 da manhã, quando saíram os últimos elementos do SCP e esta segunda casa para todos os que partilham esta paixão pelo slot, trocou o “ronronar” das máquinas e toda a animação que caracteriza o “paddock” pelo silêncio do velho edifício sito na Rua Duque de Loulé… Até à próxima prova!

por: Miguel Vigoço

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