No passado Sábado, dia 12 de Abril, realizou-se mais um rali do Campeonato de Ralis do Slot Clube do Porto. Compareceram à partida 32 pilotos, provenientes de Aveiro, Braga, Guimarães, Gaia, Matosinhos e Porto.
Destacamos a presença dos “roockies” em ralis no SCP. Manuela Varejão, José Ferreira, Damião e Rui Castro do Metaclube e da forte armada de pilotos do Clube de Slot de Braga, Emídio Peixoto, José Eduardo, Albino Dias, Marcos Dias e António Maia.
Nas classes em disputa o Troféu Abarth S 2000, foi o que teve menos número de participantes, pois dos 25 inscritos, apenas 12 estiveram presentes. 12 não, pois o Henrique Moraes, num acto de grande simpatia e partilha, cedeu a sua carroçaria e o chassis atribuído, oferecendo a participação ao Emídio Peixoto, ilustre representante do Clube de Slot de Braga, permitindo-lhe a experiência da participação num troféu com as características próprias do Troféu Abarth S 2000.
O rali iniciou-se, como habitualmente, pela disputa do Troféu Abarth S 2000, com os modelos da NSR. Logo à partida, uma arreliadora falha “humano-técnica” nos equipamentos DS das PEC 1 e 2, atrasou o horário do rali.
Apesar de terem sido insistentemente testados por um método que faz o teste das pistas sem a intervenção humana, uma espécie de piloto automático que conduz os modelos de slot pelas pistas para analisar o comportamento do circuito eléctrico.
Verificamos também que esse método terá que ser revisto… Resolvido o problema, com a preciosa ajuda de Avelino Oliveira e António Maia, passou-se à acção.
Nesta primeira etapa, surpreendentemente ou nem por isso, o nosso piloto visitante Emídio Peixoto mostrou a sua mestria na arte de dominar o gatilho, ocupando o lugar cimeiro da classificação, sendo secundado pelo líder do troféu, Luís Faria e pelo Jorge Albuquerque, ficando os três num intervalo de pouco mais de um segundo.
No Grupo N, aproveitando um dia de menor inspiração do líder do campeonato, Filipe Morais, foi José Guilherme em Ford Focus que se superiorizou à concorrência, deixando o rapidíssimo Márcio Teixeira e Miguel Silva a quase 4 segundos.
Na classe S 1600, Miguel Silva, num Renault Clio, dominou os três troços da primeira etapa. Seguiram-se José Guilherme a 3 segundos e um excelente Maurício Silva a 4 segundos.
Com os 13 primeiros classificados separados por 10,6 segundos, a luta pelo podium ficava marcada para a 2ª etapa.
Por último, a classe raínha, o Grupo A. Nesta classe, foi evidente a experiência neste tipo de modelos dos nossos pilotos de Braga. Emídio Peixoto, terminou a etapa em primeiro, com 99 segundos, seguido do José Eduardo e de Miguel Silva.
De salientar que esta etapa terminou com os 10 primeiros classificados num intervalo de 5,3 segundos apenas. Previa-se uma intensa disputa na segunda etapa, tal a expectativa criada por tão apertada classificação.
Passar do 1º ao 10º lugar, ou vice-versa, bastaria um pequenino percalço ou uma condução mais inspirada…
Sem descanso, nem neutralização, pois o que interessava era andar para a frente na luta contra o tempo, passou-se à disputa da segunda etapa, com os mesmos troços a serem repetidos.
No Troféu Abarth S 2000, deu-se a reviravolta, com a recuperação de José Guilherme, que veio do 3º lugar ocupar o lugar mais alto do podium. Seguiu-se Jorge Albuquerque e o piloto do CSB Emídio Peixoto.
No Grupo N, José Guilherme manteve-se na primeira posição, apesar dos esforços de Márcio Teixeira e Miguel Silva, que numa luta titânica, ficaram separados por apenas 7 décimos.
Na classe S 1600, a vitória foi de Miguel Silva, tendo José Guilherme ficado em 2º lugar. A acesa luta pelo 3º lugar foi travada pelo Jorge Albuquerque, Filipe Morais e Maurício Silva, tendo o Jorge Albuquerque conquistado o pódium por menos de 0,2 segundos à frente do Filipe Morais.
E chegamos à última classe em disputa. Como os resultados da primeira etapa deixavam antever, o Grupo A iria proporcionar uma acesa disputa, tal a diferença entre o 1º e o 10º classificados. Davam-se os últimos retoques nos modelos, as afinações nos punhos.
Emídio Peixoto é o primeiro na segunda passagem e retira quase 4 segundos ao tempo da primeira etapa. O José Eduardo, foi o segundo a passar e baixou quase 7 segundos ao tempo da 1ª etapa. Estava visto que a luta estava acesa.
Ninguém cedia. Todos estavam focados, vidrados até, nos troços que iriam decidir o resultado final. O terceiro a ir para a pista foi Miguel Silva. Venceu a Pec 4. Rali ao rubro. Na Pec 5 volta a ganhar, passando a liderança a estar à vista por uma unha negra.
A Pec 6 seria o centro de todas as decisões. Emídio Peixoto tinha feito 34,612 e o Professor José Eduardo 34,194. Seria possível fazer melhor?
É dada a partida. Miguel Silva, tendo obviamente que arriscar tudo, consegue uns preciosos 33,305 e ganha o rali por 0,7 segundos. Impróprio para cardíacos. Mas a emoção não acabava aqui.
Os lugares secundários sofreram uma reviravolta. José Guilherme, vindo lá de trás, do 9º lugar, secunda Miguel Silva na etapa e garante o 4º lugar. De cortar a respiração esta segunda etapa do Grupo A.
Há anos que não se via uma disputa assim, com tantos pilotos rápidos e acima de tudo, tão próximos no fim da prova. Parabéns a todos !
Há anos, também, que não se viam tantos jovens a participar em provas de slot. O slot está a mudar, a crescer, a renovar-se.
Por isso, felicitamos a condução dos mais novos João Maria Vaz, Manuel Magalhães (jr), Pedro e João Albuquerque, Rui Castro e Marcos Dias que, apesar de ainda não terem carta de condução, já demonstram as suas apetências naturais.
Os mais “velhinhos” que se cuidem…